arquitetura
A arte do Extremo Oriente, rica e variada em suas manifestações, revela, na China e no Japão, estreito relacionamento com a religião, sendo ao mesmo tempo eco das numerosas dinastias chinesas e dos guardiões da cultura (bonzos) japoneses. O vínculo permanente entre ambos os países determinou a influência do primeiro sobre o segundo, desde os séculos V e VI até o XIX, em todas as disciplinas artísticas. Um dos fatores que determinaram essa estreita relação cultural foi a religião, mais precisamente o budismo. Os chineses, a princípio taoístas e confucionistas, começaram a absorver as crenças budistas, depois da expansão do império grupta (indiano) no século IV, sendo definitiva a instauração dessa religião durante a dinastia T'ang (século IV).
Pavilhão da Suprema Harmonia (T'ai-he-tien), Beijim
Os chineses, a arquitetura deveria ser uma réplica do universo. As formas quadradas, que representam a terra, e as arredondadas, que simbolizam o céu, combinam-se de tal maneira que tanto templos quanto pagodes exibem aparência semelhante em atenção a essas normas. Os imponentes pagodes chineses seriam o reflexo dos stupas indianos e posteriormente a origem de toda arquitetura monumental chinesa e japonesa.
Pagode Hsiao-yen t'a
Pagode Liu Ho-t'a
Pagode Oi-yuan t'a
Pagode Tan-yen t'a
No geral, as construções chinesas que mais receberam atenção foram os templos, localizados sobre um terraço com orientação específica, tendo em vista as estações do ano. O exemplo mais interessante é o da Cidade Proibida, construída para o imperador no início do século XV.
Vista da Cidade Proibida, Beijim Templo do Céu - Cidade Proibida, Pequim
O Templo do Céu, situado na Cidade Proibida de Pequim, é um resumo das tendências da arquitetura chinesa. Une o circular, o céu, com os três níveis de tetos curvados para cima, uma proteção eficiente contra a energia negativa. Os telhados típicos de terracota, com suas pontas para cima, além de serem uma realização complexa, simbolizam na China a união entre o celestial e o terrestre.